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quinta-feira, 3 de março de 2011

Artigo:Altas tarifas e capilaridade baixa limitam modal aéreo

O modal aéreo nunca teve grande participação no transporte de cargas brasileiro. Seria até difícil que tivesse. Os altos valores das tarifas e a falta de capilaridade das rotas inviabiliza o envio de produtos em aviões, exceto quando os itens são de alta perecibilidade. A participação do modal aéreo, segundo dados do Plano Nacional de Logística e Transportes de 2005, é de apenas 0,4%. E não deve crescer muito: até 2025, espera-se que atinja 1% na matriz.
No Ceará, não é diferente. A produção local que decola rumo aos diversos destinos, em quase sua totalidade, sai pelo Aeroporto Internacional Pinto Martins. E o único aeródromo destinado a esse tipo de atividade ainda é carente de mais estrutura. No Terminal de Cargas Doméstico, responsável por receber produtos que são encaminhados para outras partes do País, a reclamação é com relação à falta de maior espaço para armazenagem, sem falar do acesso limitado à área a partir da Avenida Senador Carlos Jereissati.
 
Investimentos prioritários
 
O PNLT sugere sete investimentos prioritários para aliviar a malha aeroportuária cearense. Dentre eles, a construção de um novo Terminal de Carga Doméstica no Pinto Martins, além de ampliação do Terminal de Passageiros, pátio de aeronaves, da pista de decolagem e de taxiamento. Também ratifica a importância de construir um aeródromo no município de Tauá. A Confederação Nacional do Transporte (CNT) é menos exigente, e seu Plano CNT de Transporte e Logística relaciona como investimento fundamental as intervenções no Aeroporto Internacional de Fortaleza.
 
Terminal de cargas
 
No que se refere ao Pinto Martins, sob a administração da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), já estão previstas as intervenções necessárias para o aprimoramento do modal aéreo. Para o órgão, ao contrário das queixas de quem exporta, o atual Terminal Doméstico atende a todas as necessidades operacionais, de segurança de carga e de trabalho. Entretanto, é estudado um projeto de transferência da área para as proximidades do Internacional, o que deve ocorrer até 2013. Enquanto isso não ocorre, a Infraero vai investir R$ 100 mil para recuperar o lonado dos galpões onde atuam companhias aéreas como Avianca, Gollog e ABSA.
 
A Infraero frisa ainda que a demanda na área de 6.400 m², com galpão estruturado de 1.500 m², do Terminal Doméstico de Cargas ainda era maior. Antes, todos os produtos que saiam pelo aeroporto ficavam concentrados nesse espaço, o que não ocorre mais desde 2009, com a inauguração do bloco Internacional, o qual possui 9 mil m² de área construída e capacidade de armazenamento para até cinco mil toneladas. O local abriga ainda quatro câmaras frias, das quais três são para frutas, flores e pescados. O pátio de manobras tem capacidade para até sete aeronaves.
 
Transporte de passageiros
 
Ainda neste semestre será concluído o projeto para construção do segundo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Fortaleza, que promete ampliar a capacidade de atendimento dos atuais 6,2 milhões de pessoas para 14,2 milhões até 2018, quando a obra será finalizada. A edificação da planta deve ter início, de acordo com a Infraero, no próximo semestre. O Terminal, com custo de R$ 279,5 milhões, será feito em etapas, já prevendo o aumento da movimentação de passageiros com a realização da Copa do Mundo de 2014 em Fortaleza. No ano do evento, a segunda área estará com 35% da construção concluída, assegurando que mais 2,8 milhões possam utilizar o aeroporto sem riscos de transtornos pela falta de estrutura. Nesses três anos, o estacionamento também deve ser ampliado de 880 vagas para 1.340.
 
Aeroportos regionais
 
O Governo do Estado vai além e tenta viabilizar um aeroporto a cada 100 quilômetros de raio de distância de cada sede municipal, conforme informações da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra). Assim, todo o Estado estaria coberto pela infraestrutura necessária para o fluxo cargueiro e de passageiros. Os terminais de Camocim e de Tauá, por exemplo, já estão finalizados, aguardando apenas a homologação da Anac. O de São Benedito está em obras. Os projetos de Canindé e de Itapipoca estão em licitação.
 
PELO MAR
Ampliação de portos é o que mais avança no Ceará
 
Com a promessa de novos empreendimentos para o Ceará, mais do que nunca, fez-se necessária a melhoria da infraestrutura dos dois portos locais, o do Mucuripe, em Fortaleza, e do de Pecém, no município de São Gonçalo. E elas já estão avançando fortemente, de modo a contribuir com o aumento na demanda das importações e exportações advindas dos novos projetos, além de favorecer a cabotagem (navegação entre portos de um mesmo país), conforme sugestões da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em seu Plano CNT de Transporte e Logística 2011.
 
O porto da Capital cearense, por exemplo, que movimentou, entre vendas e compras externas, 4,2 milhões de toneladas de mercadorias em 2010, espera para o início de março a conclusão da dragagem, para que possa receber embarcações de maior calado. A obra, que aprofundará o canal de acesso ao terminal de 11 para 14 metros, deverá incrementar o fluxo do porto em até 30%. O investimento aplicado é de R$ 54,6 milhões. Outra intervenção pela qual passará o Mucuripe nos próximos anos, tendo em vista a realização da Copa do Mundo de 2014, é a construção do cais de atracação com retroárea e do Terminal de Passageiros.
 
Recepção de passageiros
 
Fortaleza recebe milhares de visitantes anualmente através do seu porto, entretanto não há uma estrutura para a adequada recepção de quem chega. Com o novo projeto, que prevê aporte de R$ 105,9 milhões dentro do Programa de Aceleração do Crescimento - Copa (PACCopa) para a edificação do terminal, do cais e do berço, além de pavimentação e urbanização dos acessos e do estacionamento da área portuária, essa realidade deve mudar. O valor inclusive já é considerado insuficiente, posto que houve a inclusão da área da Praia Mansa no projeto. O espaço será utilizado como zona de lazer e gastronomia vinculada ao porto.
 
No Pecém
 
Projetos de melhorias previstos tanto pelo Plano CNT como pelo PNLT para o Porto do Pecém também estão na pauta de prioridades, outras estão em plena execução. Ao chegar ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) é impossível não perceber o avanço nas obras do Terminal de Múltiplo Uso (Tmut) ou da extensa correia transportadora de minérios, correndo dunas adentro rumo aos empreendimentos do Complexo e ao terreno de projetos futuros, como a siderúrgica.
 
No próximo mês, o Governo do Estado pretende finalizar o primeiro berço de atracação do Tmut. Serão dois, com extensão total de 760 metros e 115 metros de largura. O segundo deve ficar pronto logo em seguida, pondo fim à fila de espera de navios para atracação no Porto, que já chegou a cinco dias, quando o usual é entre três e oito horas. O projeto está consumindo investimentos da ordem de R$ 372 milhões.
 
Em maio, segundo a Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), será concluído o sistema de transporte automatizado de granéis sólidos, saindo do Píer 1 do Terminal e seguindo por seis quilômetros até os empreendimento do Cipp. A Correia Transportadora, que está custando R$ 148 milhões, terá capacidade de movimentar 2,4 mil toneladas de minérios por hora e deve abastecer a Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP) e as termelétricas.
 
E nem bem foi concluída a construção da ampliação do Porto, e uma segunda fase já está planejada. Orçada em 1,14 bilhão e prevista para estar finalizada em 2016, os novos acessos serão edificados tendo em vista a necessidade de exportação e importação de produtos para a siderúrgica, refinaria, além do transporte de cargas via Transnordestina. Só para a exportação das placas de aço da CSP, serão três berços de atracação. O primeiro deve ser finalizado ano que vem. Outros dois têm em vista uma futura ampliação da unidade siderúrgica, e estariam prontos em 2014.
 
Além desses, novos dois berços previstos serão exclusivos para o escoamento das mercadorias transportadas pela Transnordestina, mas estes só devem sair no ano da Copa do Mundo no Brasil. A refinaria também terá espaço exclusivo para a parada de navios, mas o projeto ainda está em elaboração pela Petrobras.
 
Fonte: Diário do Nordeste

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