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quarta-feira, 20 de março de 2013

Palestra MBA Logistica

 

 

terça-feira, 19 de março de 2013

Artigo: Tigerlog

POR QUE ESTÁ CADA VEZ MAIS DIFÍCIL E INVIÁVEL ENTREGAR NAS CIDADES DE SÃO PAULO E DO RIO DE JANEIRO? 

Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, 
Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda 


O mês de março, em seus primeiros 10 dias, registrou altíssimos índices de congestionamento em São Paulo, inclusive marcado o recorde do ano, no dia 08, com 261 km, nas vias monitoradas pela CET - Companhia de Engenharia de Tráfego. Vale lembrar que o dia 01/06/2012 registou o maior trânsito na história de São Paulo, com 295 km. Segundo dados da empresa Maplink, que utiliza a tecnologia GPS instalada em milhares de veículos, o congestionamento foi de 562 km nessa data. 

A cidade de São Paulo tem mais de 15.000 km de vias, mas a CET monitora apenas 5,4 por cento das vias, o que equivale a 868 km do total existente, porém pretende expandir o monitoramento para 3.304 km de vias até o final de 2016. 

Estudo recente feito pelo IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, constatou que a os moradores das grandes metrópoles brasileiras enfrentam trajetos de casa para o trabalho entre os mais demorados do mundo; a Grande São Paulo passou a ter o trajeto mais demorado do país, ultrapassando a região metropolitana dao RIo de Janeiro. Em média, os paulistanos e habitantes dos municípios vizinhos gastam 42,8 minutos no deslocamento de suas residências ao trabalho; no Rio de Janeiro são 42,6 minutos. Em outras sete metrópoles brasileiras analisadas e no Distrito Federal a demora é bem menor, mas em geral é crescente, com exceção da cidade de Porto Alegre - RS. 

Em São Paulo a tendência é crescente; em 1992 o tempo médio de deslocamento era de 38,2 minutos; em 2002 saltou para 40,0 minutos e em 2012 para 42,8 minutos. No Rio de Janeiro os números permaneceram praticamente estáveis, apresentando um pequeno aumento, saindo de 43,6 minutos em 1992, para 42,1 minutos em 2002 e 42,6 minutos em 2012. Cidades como Recife - PE e Salvador - BA apresentaram tempos médios de 34,9 minutos e 33,9 minutos respectivamente. Cidades como Curitiba - PR, Fortaleza - CE e Belém - PA também vem apresentando evoluções significativas nos tempos de trânsito, com tempos superiores a 32 minutos por trajeto. 

A frota do município de São Paulo está prestes a atingir 7,5 milhões de veículos e a incrível marca de 1,5 habitante por veículo, índice semelhante a de cidades européias e norte-americanas. Desses quase 7,5 milhões de veículos, 72,2 por cento são automóveis, 12,9 por cento são motocicletas, 10,9 por cento são camionetes, microônibus e utilitários e apenas 3,1 por cento correspondem a caminhões e reboques/semi-reboques. Diante desses números, podemos concluir que os caminhões são os grandes vilões dos congestionamentos nas grandes cidades? 

Nos últimos anos, as cidades têm adotado políticas restritivas à circulação dos veículos de transporte de cargas, obrigando as Transportadoras a utilizarem alternativas cada vez mais caras e menos produtivas. Isso afeta diretamente o custo do frete e o preço final das mercadorias. 

Um veículo de porte médio, transportando 6 a 8 toneladas teria um custo de R$ 50 a R$ 70 por tonelada, enquanto que um veículo do tipo VUC (Veículo Urbano de Carga), habilitado para cicular em São Paulo, terá um custo de R$ 200 a R$ 300 por tonelada. Um veículo VLC (Veículo Leve de Carga) terá um custo de R$ 100 a R$ 200 por tonelada. 

As políticas restritivas, combinadas à ineficiência da operação nos canais de distribuição (em especial o setor varejista), geram um custo proibitivo, inviável para diversos tipos de mercadorias e para diversas Transportadoras. Não há TDE - Taxa de Dificuldade de Entrega ou o pagamento de diárias de motoristas que remunere adequadamente o serviço prestado. 

Muitas dessas Transportadoras estão realmente avaliando a viabilidade técnica e econômico-financeira de continuar atendendo a Grande São Paulo e os municípios da zona metropolitana do Rio de Janeiro. E como esse fenômeno não se restringirá apenas a essas duas metrópoles, podemos esperar reação semelhante de outras empresas em cidades como Curitiba, Florianópolis, Blumenau, Joinville, Salvador, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte, Vitória, Vila Velha, Cariacica, Manaus, Belém, Goiânia, etc. 

Essas Transportadoras têm investido continuamente no treinamento de seus tripulantes, na renovação da frota, em sistemas de comunicação em tempo real, em segurança, etc., mas sem a devida contrapartida financeira. Como sustentar tudo isso a médio e longo prazo? 

Mais do que simplesmente repassarmos essa ineficiência ao preço das mercadorias, algo precisa ser feito, envolvendo o poder público, especialistas do setor, Transportadoras e os canais de distribuição mais representativos. 

Caso contrário, veremos importantes players do setor abandonarem o trecho final de um complexo processo chamado distribuição. Queremos que esses protagonistas do mundo logístico continuem atuando ou preferiremos repassar isso a empresas despreparadas e incapacitadas para tal? 

Pense nisso! Bom trabalho! 

segunda-feira, 18 de março de 2013

A Logística do Circo!

Supricel será responsável pela logística do Cirque du Soleil 



A Supricel logística será a principal empresa responsável pelo deslocamento dos equipamentos do Cirque du Soleil na temporada de 2013. A empresa foi contratada pela Waiver, responsável por toda a logística do espetáculo.

Neste ano serão necessários cerca de 100 caminhões para mais de 1200 toneladas de equipamentos, além dos três geradores que fornecem a eletricidade para mover todas as engrenagens do Cirque. Para se ter uma ideia, só a arquibancada comporta 2775 lugares. “Pela magnitude da operação, envolvendo 6 destinos diferentes, eu destaco a presença da Supricel em todas as pontas, do começo ao final da operação. Nos anos anteriores, sempre havia um responsável com informações precisas e atento a cumprir os prazos de carga e descarga, por este motivo, neste ano, novamente a parceria se consolidou”, comenta Fabiano Miranda, coordenador de transporte da Waiver Logistics.

A relação entre a Supricel e a Waiver começou em 2009 na turnê do espetáculo Quidam. “Na turnê 2011-2012, a Supricel foi a principal transportadora do Cirque du Soleil no Brasil, transportando os equipamentos por oito estados brasileiros”, comenta Carlos Alberto Olmos, diretor corporativo da Supricel Logística.

Ele explicou que entre os principais desafios da logística para este espetáculo estava o gerenciamento das janelas de carga e descarga, a disponibilidade de carretas para diferentes tipos de cargas, o processamento dos conhecimentos relacionados ao carregamento em cada cidade e a preservação da integridade das cargas durante os deslocamentos. “Nesse sentido, o fato da Supricel possuir filiais em todas as cidades pelas quais o espetáculo passou facilitou toda essa operação. A capilaridade da estrutura da Supricel Logística, por conta de suas 40 bases espalhadas no Brasil, já no início mostrou seu benefício por servir de apoio no recebimento dos equipamentos”, explicou Olmos.

Para garantir que não houvesse contratempo, 100% dos conjuntos de equipamentos foram monitorados pela SCO (Supricel Central de Operações), que funciona 24 horas. Além da segurança da carga, a SCO conferiu estabilidade para a operação, cumprimento dos prazos e informação atualizada para tomada de decisão da equipe Supricel/Waiver. “Toda essa estrutura fez com que nós obtivéssemos nível excelente de satisfação do cliente, apurado durante a operação através de pesquisa qualitativa e reuniões presenciais com a equipe Supricel/Waiver após cada trecho. Essa pesquisa aborda cordialidade no atendimento, comunicação assertiva em caso de impossibilidade no atendimento, apresentação de documentos e cumprimento dos prazos”, afirmou Olmos.





domingo, 10 de março de 2013

Artigo: Gestão de Riscos, caso Bauducco.


Gestão inteligente de riscos em logística deve partir da análise da operação


Gestão inteligente de riscos em logística deve partir da análise da operação
Da esq. para a dir.: Homero de Carvalho Bastos, diretor da Bauducco; Roque Cifu, vice-presidente do comitê de Logística; e Bruno Muniz de Almeida, sócio da ICM Brasil
Nas atividades de logística, a definição dos contratos de seguro deve partir de premissas levantadas na operação e não apenas do orçamento pré-determinado pelo setor financeiro. O conceito, chamado de “inteligência de riscos”, permite ganhos de eficácia e racionalização de custos de frete.
Essa é a tese defendida por Bruno Muniz de Almeida, sócio da IMC Brasil, empresa de gestão de seguros corporativos e gerenciamento de risco. Ele foi palestrante no comitê aberto de Logística da Amcham-São Paulo nesta quinta-feira (07/03).
O encontro debateu gestão de riscos na cadeia logística e focou o case da Bauducco, apresentado pelo diretor de Logística e Distribuição da companhia, Homero de Carvalho Bastos. A Bauducco reformulou seu gerenciamento de riscos e a contratação de seguros com base no conceito de inteligência.
Segundo Almeida, o conceito é aplicável em outras áreas que requerem seguro, mas é novo no setor de transportes. Ele diz que as empresas, no geral, continuam contratando seguradoras com base no limite fornecido pela área de finanças, tendo de adequar o transporte ao contrato firmado.
“Fazem assim com objetivo de pagar mais barato, mas nem sempre o contrato atende às reais necessidades da operação. Parte dos custos do seguro não tem finalidade. O ideal é um seguro com cobertura e exigências sobre riscos que realmente existam”, contrapõe. “Agora, a discussão não é mais o seguro, mas o gerenciamento de riscos, e o foco está no operador, que tem a responsabilidade de entregar a mercadoria”, define.
Diagnóstico
Almeida propõe fazer análise de toda a operação e, a partir dos riscos identificados, moldar o seguro. De acordo com ele, a maioria das negociações desconsidera a realidade do próprio mercado, como limites de carga aquém do que poderia ser transportado com segurança, exigência de perfil de motorista incompatível a prática e escolta em trechos com baixos índices de roubo.
“Pedem motorista que não tenha dívida [por motivos de segurança], mas qual brasileiro não é endividado? Exigem também veículos com rastreador, sendo que apenas entre 10% e 15% da frota do país são rastreados”, exemplifica.
Almeida aponta que o ideal, na análise da operação, é considerar o risco que pode ser assumido e trabalhar estratégias para mitigá-lo. “Tenho um cliente que preferiu não fazer seguro porque o gerenciamento de riscos é tão controlado que ele considera melhor assumi-los e pagá-los, se for necessário”, comenta.
O plano de gerenciamento de risco deve ter uma gestão integrada com base nas informações do transporte. Almeida propõe que esse planejamento seja acertado entre o gestor de logística, a seguradora, a corretora de seguros e um profissional isento, que possa mediar a negociação ante os interesses de cada parte.
Resultados
Bastos, da Bauducco, apresentou na reunião da Amcham os resultados do gerenciamento de riscos integrado que foi implementado na companhia há 13 meses – antes, era conduzido pela corretora de seguros, que também fazia a corretagem. A fabricante de alimentos, uma das maiores do País, tem cadeia de distribuição que corta o território nacional, do Rio Grande do Sul ao Ceará. “A Bauducco tinha crescimento em vendas e market share, então os riscos e sinistros aumentaram [conforme a operação se expandiu]”, comenta.
Segundo Bastos, a equipe identificou que, à medida que havia ineficiência no gerenciamento de riscos, o preço do seguro crescia. “Mapeamos todos os vetores de supply chain para chegar à raiz do problema. A análise dos sinistros mostrou um problema crônico em carga e descarga”, cita.
O processo abrangeu ainda uma auditoria de transportadores e análise da área em que o transporte é realizado e da operação dos funcionários. Em seguida, a empresa adotou ações corretivas e preventivas. Em 11 meses, houve redução de 42% nos sinistros, 30% nos prejuízos com transporte, 38% nos custos de gerenciamento de risco e 43% em seguros. “Tivemos melhora no nível do serviço e nas finanças”, relata.
** A reprodução deste conteúdo é permitida desde que citada a fonte Amcham.
Fonte: http://www.amcham.com.br