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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Homero de Carvalho, Logística da Bauducco, apresenta operação.





sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Artigo: Os cinco maiores desafios das frotas comerciais


* Por Ricardo Albregard

Como já disse Thomas Friedman, o mundo é plano e uma das consequências da globalização é o crescimento exponencial nos transportes. Porém, não só em âmbito internacional, dentro de um País ou de uma cidade, a questão da mobilidade de mercadorias ou de prestadores de serviços é um fator crítico para o sucesso de uma corporação e, também, para a qualidade de vida dos trabalhadores e cidadãos. A gestão de frotas está, portanto, no cerne da competitividade empresarial e da boa prestação de serviços públicos, e que enfrenta desafios igualmente importantes.

O primeiro deles, obviamente, é a redução de custos. A boa notícia aqui é que um trabalho profissional de gestão de frotas permite um corte de cerca de 20% nas despesas. Mesmo diante da contínua pressão por mais economia, é possível apresentar melhorias graças ao maior controle e conhecimento dos detalhes do que se passa com a frota, o que permite intervenções pontuais certeiras, seja na manutenção ou na definição de rotas, apenas para citar alguns itens.

O segundo desafio, fortemente atrelado ao primeiro, é a questão do custo dos combustíveis. Frotas leves e modernas tendem a ser flex, gerando a constante necessidade de definir o melhor combustível a utilizar. Já existem fórmulas que nos permitem calcular quando o etanol deixa de ser competitivo. No entanto, elas não incluem o fator ambiental, como as emissões dos gases causadores do efeito estufa, que é o terceiro maior desafio dos gestores de frotas. Embora o mercado oficial de créditos de carbono esteja estagnado, crescem as iniciativas voluntárias, mantendo a substituição dos combustíveis fósseis por alternativas mais verdes, como uma medida interessante, também, do ponto de vista econômico.

Porém, a questão dos combustíveis vai além do tipo de líquido que é colocado no tanque. Sua economia passa tanto pela gestão da frota, quanto pelo sistema, ou seja, pela definição eficiente de rotas para reduzir sua ociosidade e o tempo em cada operação, e como indivíduos, analisando o comportamento um a um de cada veículo. Nesse ponto, a busca pela redução de custos com combustíveis atende, também, o quarto desafio, que é combater uma depreciação excessiva do ativo. Como o avanço tecnológico torna a idade da frota um fator crucial para a economia das operações, sua renovação precisa estar, constantemente, nos planos da empresa.

O custo alto desse investimento não permite dispensar o potencial de amortização que se encontra no valor da atual frota: quanto melhor seu estado de conservação, melhor  o valor da revenda. Se a manutenção é fator-chave aqui, sozinha, não dá conta do recado. Imagine dezenas, centenas de veículos dirigidos por vários perfis de personalidade: mais calmo, agressivo, apressado, confiante, que o acaso nos protegerá. Cada um terá um desgaste diferente, alguns acima do esperado. É a gestão profissionalizada da frota que permite conhecê-los, mediante relatórios de gestão e, consequentemente, treiná-los adequadamente.

Ainda no quesito renovação, os relatórios de gestão podem ser peças fundamentais na decisão de novos modelos a serem adquiridos. Veículos menores consomem menos combustível, por isso tendem a ser cogitados na hora da renovação. Porém, dados sobre rotas, quantidade de viagens e de manutenções poderão indicar uma eventual sobrecarga que, ao longo da operação, implica em despesas indiretas maiores.

O quinto desafio e, certamente, o mais importante é a segurança dos motoristas. Além da questão humanitária, a redução na taxa de acidentes afeta o tempo de inatividade e as despesas da operação. Baixar a taxa de acidentes ajuda a obter melhores taxas de seguro e aumentar as franquias. Os programas de segurança das empresas beneficiam-se muito dos relatórios de gestão, por meio dos quais é possível identificar padrões de comportamento dos motoristas e das rotas.

São grandes e importantes desafios, mas todos podem ser superados mediante o controle e a informação propiciados por uma gestão profissionalizada. Estamos falando de uma atividade sofisticada e baseada em muita tecnologia. Entretanto, não podia ser diferente, uma vez que estamos falando daquilo que, literalmente, move a economia em todo o mundo.

* Ricardo Albregard é presidente da Associação de Gestão de Despesas de Veículos (AGEV)

Artigo retirado do site www.mundologistica.com.br

Artigo:Boticário aposta em tecnologia para crescer

Grupo investe em automatização em seu novo centro de distribuição na Bahia, que reduziu de sete para três dias a entrega nas regiões Norte e Nordeste. Com a nova planta em Camaçari, tempo será ainda menor

Inaugurado há cinco meses, o novo Centro de Distribuição (CD) do Grupo Boticário, no município de São Gonçalo dos Campos, Bahia, já opera com 33% da sua capacidade projetada, que é de 70,3 mil peças movimentadas por hora e 2.200 caixas expedidas. O CD é resultado de um investimento de R$ 155 milhões do Grupo e é totalmente informatizado, com tecnologias que permitiram a redução do tempo de entrega de produtos de sete para três dias, em média. Hoje, responde pelas entregas de cosméticos e perfumaria do Grupo para nove Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A previsão é de, no início de 2015, chegar ao Ceará, Maranhão e Piauí.

“Esse CD é uma referência em tecnologia e inovação no processo de separação de volumes fracionados. Opera com um equipamento chamado transelevador e com a linha picking by light, capaz de expedir 1.800 caixas de produtos e separar 42 mil peças por hora. Conseguimos criar, nesse CD, uma solução que uniu duas empresas concorrentes, que se integraram para desenvolver uma solução única para nossa empresa, em que as tecnologias ‘conversam’ entre si, garantindo mais agilidade aos nossos processos”, afirma a gerente de Logística do Grupo Boticário em São Gonçalo dos Campos, Verônica Rabelo.

As duas empresas fornecedoras de tecnologia são a Knapp Sudamérica Logística e Automação, com sede na Áustria e responsável pela tecnologia picking by light, e a alemã Schafer Automação, que é dona da solução do transelevador.

Em uma área de 300 mil m², somente 146 pessoas participam fisicamente da movimentação de chegada, armazenamento e saída dos produtos, que quase não tem a mão humana manipulando caixas e pallets.
“Quase tudo é feito por esteiras e robôs, que levam os produtos para as posições correspondentes dentro do CD e, depois, para as esteiras que levam às docas e, de lá, para os caminhões. Todas as caixas passam por um código de barras, com informações armazenadas em um sistema, que acompanha a carga até sua chegada ao franqueado. Ganhamos tempo e, com isso, estamos prontos para a demanda do final do ano, por conta do Natal”, explica Verônica.

Verônica diz, ainda, que está nos planos da empresa investir em tecnologia semelhante na unidade de Registro, São Paulo, onde já existem sistemas como o transelevador, mas não no nível do CD da Bahia. O objetivo é acelerar, ainda mais, as entregas, uma meta perseguida por empresas de diferentes setores.

“Eficiência é uma meta das empresas. Reduzir custos e tempo é fundamental”. Segundo ela, com a inauguração da nova fábrica de O Boticário em Camaçari, Bahia, em algumas regiões será possível reduzir para algumas horas o processo de expedição de produtos. “Temos 22% do total de lojas do grupo no Norte e Nordeste. A região concentra 47% do consumo de perfumaria no Brasil. Ficar perto do cliente e atendê-lo mais rápido é fundamental.”


Fonte: Brasil Econômico

Nota III Seminário de Logística - Salvador

Logística do país precisa de R$ 1 trilhão em investimentos


Para conseguir tornar a logística brasileira competitiva, reduzindo em no mínimo 30% os custos para os seus usuários, o País precisa investir R$ 1 trilhão até 2030 em ferrovias, rodovias, hidrovias, aeroportos e portos. A estimativa é de um estudo da Universidade de São Paulo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT) apresentado pelo presidente executivo da Associação Nacional dos Usuários de Carga (Anut), Luís Baldez, durante o "III Seminário de Logística - Panorama e tendências para o transporte marítimo de cargas", promovido pelo Terminal de Containers de Salvador (Tecon), nesta quarta-feira, 17.

Segundo o estudo, a maioria desse montante deveria ser aplicada em ferrovias (R$ 448,8 bilhões) e rodovias (R$ 361 bilhões). Do total, R$ 160 bilhões seriam destinados ao Nordeste.

No Brasil gasta-se quase o dobro com custos logísticos que em outros países, a exemplo dos EUA, o que reduz a competitividade brasileira.

"Esse custo é equivalente a 5% do produto Interno Bruto (PIB) , ou seja, US$ 100 bilhões por ano. Isso se reflete na indústria e na gôndola do supermercado. Ano após ano não se consegue avançar nisso", criticou Baldez.

Fonte: A Tarde.com/Juliana Brito

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

SEP e Porto da Antuérpia qualificam gestores em Fortaleza

A Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR) e o Centro de Treinamento do Porto de Antuérpia (APEC) realizaram esta semana, em Fortaleza, o III Seminário de Capacitação dos Profissionais de Administração e Gestão dos Portos Brasileiros, na sede da Companhia Docas do Ceará (CDC).


A iniciativa faz parte das ações desenvolvidas pela SEP/PR com o objetivo de capacitar os gestores do setor portuário brasileiro. Os temas, durante os cinco dias, foram gestão portuária; serviços portuários; aspectos comerciais do porto; aspectos financeiros do porto; infraestrutura, obras portuárias e navegação interior. As palestras foram ministradas pelos especialistas belgas Walter Van Mulders, Jef Van Rossum e Alex Van Breedam.

Durante o encerramento, o diretor-presidente da CDC, Mário Jorge, agradeceu a comitiva, os participantes e ressaltou o conhecimento de alto nível adquirido durante a semana, que deverá ser aplicado no cotidiano e na solução dos problemas. "A troca de experiências é o mais interessante nesse tipo de evento, foi uma honra para Docas do Ceará fazer parte desse roteiro do seminário", afirmou Mário.

"Nós da Antuérpia trouxemos informações, mas também levaremos a troca de experiências. As perguntas e os debates que tivemos aqui foram muito enriquecedores para nós", concluiu Mulders.

O seminário já foi realizado nos portos de Santos e Vitória. O projeto se estenderá, ainda, aos portos de Paranaguá, Salvador e Belém, e estão programados para ocorrer no Brasil até 2015.

Meio ambiente

O especialista em marketing do Porto da Antuérpia, Alex Van Breedam, ministrou as palestras Desempenho da Autoridade Portuária no modelo Land Lord Port e Monitoramento Ambiental. "O porto é como um organismo vivo. É necessário ter contato com a comunidade local, com as empresas privadas e com os entes públicos. O diálogo é peça essencial para o desenvolvimento eficiente em um porto", salientou.

Para debater a questão ambiental, Breedam ressaltou a importância da utilização de energias naturais. "No porto da Antuérpia usamos a energia solar e estamos testando a energia eólica. Temos um departamento eólico no porto. O nosso objetivo é sempre buscar o menor consumo de energia", frisou.

Breedam lembrou também da importância em se conhecer e utilizar corretamente os indicadores de fenômenos naturais, como o entendimento correto dos dados das marés para o processo de dragagem. "O estudo das marés nos deu dados diários para adequar da maneira correta a velocidade na entrada do porto para atracação, de acordo com o modelo do navio", explicou.

Um grupo coordenado pela autoridade portuária na Antuérpia mantém diálogo frequente com os investidores comerciais, empresas privadas, trabalhadores e comunidade local. "Os indicadores que surgem dessas reuniões são essenciais para uma avaliação correta do perfil do porto para o público e o setor privado", disse.

Resíduos Sólidos

Na Antuérpia há uma sequência diária de ações obrigatórias para os navios com o objetivo de administrar corretamente a coleta e reciclagem dos resíduos sólidos. O navio informa por um sistema online que resíduo ele está carregando, como óleo, sedimentos, lixo líquido etc. Ele é direcionando para a estação coletora correta onde o resíduo é coletado e reciclado. "Então, podemos afirmar que temos um sistema bom. Precisa de melhorias, mas é eficiente. Temos contratos de crise, caso ocorra algum acidente com navio dentro do porto e temos também um plano de contingência que faz parte do controle de inspeções para ações imediatas".

Área ecológica em torno do porto

Os portos europeus são obrigados por lei a designar 5% de sua área para reserva ambiental. "Esse limite de áreas ecológicas foi estabelecido há mais de 15 anos. Mesmo assim enfrentamos algumas questões ambientais com empresas e com outras organizações. Para responder aos questionamentos temos uma equipe que realiza a contagem das espécies e produz um relatório que é enviado para a União Europeia", concluiu.

Operações portuárias

O Capitão Jef Van Rossum falou sobre sua experiência em operações portuárias para diferentes tipos de carga e logística de armazenamento. Segundo Rossum, o governo da Bélgica tem como objetivo a redução dos engarrafamentos. Para isso há uma estratégia de investir em transporte ferroviário, o que também reduz a emissão de gás carbônico.

Praticagem e rebocadores

Para Jef Van Rossum, o serviço de Praticagem é um grande desafio para o porto. O modelo belga possui práticos contratados pelo governo e por empresas privadas. "As informações disponibilizadas online para os práticos e para autoridade portuária são atualizadas a cada cinco minutos. Eles recebem em telas de computador a disposição geográfica, informações meteorológicas e a disposição dos navios no canal de acesso", contou Rossum.

O prático que trabalha para o porto da Antuérpia passa por um treinamento de doze anos, no qual é treinado de acordo com o tamanho do navio. "O tempo é essencial para o alcance de todo o potencial de uso e para lidar com todos os tamanhos de navios", disse Rossum.

Na palestra Serviços de Rebocadores os alunos puderam conhecer os diferentes modelos de equipamentos de rebocadores utilizados no porto da Antuérpia. O equipamento escolhido é adequado ao tipo de contrato, sempre zelando pela proteção do meio ambiente. O porto belga tem acesso as informações dos rebocadores. O custo para o equipamento dentro e fora do porto também foi assunto da palestra. "Temos sim uma diferença de custo para o rebocador usado no rio e no porto. Para o do rio é cobrado o dobro do que é cobrado pela autoridade portuária. O valor é baseado no tempo e na distância que o navio irá percorrer", afirmou Rossum.

Gestão e infraestrutura

Sobre gestão, manutenção do canal de acesso e infraestrutura, os palestrantes fizeram um panorama sobre como funcionam os serviços básicos de ancoragem, reboques e armazenamento. Para o Porto da Antuérpia, a boa gestão do que ocorre dentro e fora do porto é algo essencial. "O canal de acesso é importante, mas o que está em torno do porto também é. Sempre estamos atentos ao meio que cerca o porto".

Terminal Marítimo de Passageiros

Os participantes do seminário tiveram a oportunidade de conhecer o novo terminal de passageiros do Porto de Fortaleza. A obra é uma das ações no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento desenvolvidas para a Copa do Mundo de 2014. O investimento foi de R$ 202,6 milhões.

"O Terminal já está com 98% de sua execução. O cais de atracação e o pátio de contêineres já estão prontos. E depois de realizada a dragagem poderemos receber tantos navios de passageiros como navios de contêineres", concluiu Mário Jorge.

Fonte:Secretaria de Portos - SEP/PR

Curso: Analista de Exportação

CIN promove curso destinado à profissionais e estudantes de Comércio Exterior

O Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) realiza de 6 a 9 de outubro o curso Analista de Exportação. O objetivo é apresentar conteúdos elementares da área, além de aprofundar profissionais sobre conhecimentos relativos ao processo de exportação.

É destinado a profissionais atuantes na área e estudantes de comércio exterior. As aulas serão ministradas pela diretora executiva do Grupo O.P.R. e especialista em logística, distribuição e transportes, Aparecida Alves.

O conteúdo programático conta com módulos como Negociação com o Comprador, Aspectos Administrativos e Fiscais, Aspectos Cambiais e Desembaraço Aduaneiro. A carga horária é de 12 horas/aula.

As inscrições devem ser realizadas no site do CIN: www.cin-ce.irg.br. Mais informações pelos telefoones (85) 3421 5417 / 5418 ou e-mails rrpinheiro@sfiec.org.br e masousa@sfiec.org.br.

Serviço
Curso Analista de Exportação
Data: 6 a 9 de outubro
Horário : 19h às 22h
Inscrições: www.cin-ce.org.br
Local: FIEC. Avenida Barão de Studart, 1980.
Mais informações: (85) 3421 5417 / 5418 ou pelos e-mails rrpinheiro@sfiec.org.br ou masousa@sfiec.org.br .


Fonte-FIEC

Curso- Processos aduaneiros.

CIN promove curso sobre processos administrativos aduaneiros

O Centro Internacional de Negócios (CIN), entidade ligada à Federação da Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), está com inscrições abertas para o curso Processos Administrativos com Foco nas Atividades Aduaneiras, que será realizado nos dias 27 e 28 de outubro.

Destinado a profissionais da área de comércio exterior, o curso terá seis horas/aula, e tem como objetivo analisar os processos administrativos nas operações de comércio exterior, pertinentes às atividades aduaneiras. Serão abordados, por exemplo, temas como Processo de Determinação e Exigência de Créditos Tributários e Processo de Restituição de Tributos.

Quem ministrará o curso será o especialista em comércio exterior e auditor fiscal da Receita Federal, Daniel Bezerra dos Santos. As inscrições devem ser feitas no site do CIN: www.cin-ce.org.br.

Serviço:
Curso Processos Administrativos com Foco nas Atividades Aduaneiras
Data: 27 e 28 de outubro de 2014
Horário: 19h às 22h
Inscrições: www.cin-ce.org.br
Informações: (85) 3421 5417/ 5418 ou pelos e-mails rrpinheiro.sfiec.org.br e masousa@sfiec.org.br.


Fonte: FIEC

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Artigo- Sem investimento não haverá crescimento!

Pesquisas apontam que país precisa de investimentos de R$ 1 tri em transportes


Para consertar e construir novas estradas, melhorar e fazer novos aeroportos, reduzir o caos portuário e ampliar a malha ferroviária, hoje muito abaixo de suas necessidades, o país precisa investir nada menos que R$ 1 trilhão em obras no setor, conforme apontam duas pesquisas sobre infraestrutura de transportes no país recentemente concluídas.

Estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e que será apresentado daqui alguns dias na 14ª Conferência Internacional da Latin American Real Estate Society (Lares), no Rio, sugere que o país precisa investir R$ 1,09 trilhão até 2030 para melhorar sua infraestrutura de transportes de forma que diminuísse a distância em relação à de países com "grande competitividade econômica" e de dimensões continentais, como a China. A pesquisa da USP corrobora a da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que finalizou há cerca de 15 dias o Plano CNT de Transporte e Logística 2014. A confederação chegou, por vias diferentes, a um valor muito próximo, de investimento de R$ 987 bilhões, elencando 2.045 projetos.


Os dois estudos mostram que o atraso na infraestrutura brasileira já deixou de ser contado em bilhões de reais e ganhou um novo dígito. O R$ 1,09 trilhão da pesquisa "Infraestrutura de transportes no Brasil: aspectos que sugerem a necessidade de investimento privado no país", da USP, refere-se a R$ 607 bilhões que deveriam ser investidos em rodovias; R$ 364 bilhões em ferrovias; R$ 85 bilhões em portos e R$ 33 bilhões em infraestrutura aeroportuária.

O valor estimado não representa o ideal de investimento, mas, segundo Flávio Abdalla Lage, um dos autores da pesquisa, aquilo que seria "factível", dado o histórico nas últimas décadas. "Não adianta falar em 700 mil km de rodovias em 16 anos, porque não será feito. O Brasil levou 86 anos para construir quase 220 mil km de rodovias", diz ele, que estimou 40,7 mil km de novas rodovias até 2030.

A CNT também deu peso maior às ferrovias e rodovias. Ela dividiu a necessidade de investimentos, sem estimar prazo para a execução, da seguinte forma: R$ 448,8 bilhões em ferrovias, R$ 361,7 bilhões para rodovias, R$ 24,9 bilhões em aeroportos, R$ 61 bilhões em navegação interior (hidrovia); infraestrutura portuária no valor de também R$ 61 bilhões, além de R$ 29,7 bilhões para terminais multimodais.

O estudo da USP foi coordenado pelo professor Claudio Tavares de Alencar, do núcleo de Real Estate da Escola Politécnica. Além do mestrando Lage, ele tem coautoria do professor João da Rocha Lima Júnior, do mesmo núcleo.

Entre os países usados para comparação em diversos indicadores do estudo da USP, como malha ferroviária total, contêineres por viagens e malha viária total, estiveram, por exemplo, Austrália, Canadá, China e Estados Unidos. "São economias vultosas e onde a gente quer chegar. Não adiantaria olhar para países muito pequenos", explica Lage sobre as comparações. Segundo ele, o estudo privilegiou, quando possível, países de grande dimensão territorial para comparar com o Brasil.

No estudo da CNT, estão não só projetos de rodovias, portos, aeroportos, hidrovias, ferrovias e terminais, mas também projetos urbanos voltados ao transporte público. Os investimentos prioritários da CNT estão organizados por regiões do país, como Eixo Nordeste-Sul, Eixo Litorâneo, Eixo Norte-Sul, Eixo amazônico, entre outros.

Não foram feitas comparações do Brasil com outros países, mas o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, diz que, se forem realizados os investimentos propostos, eles representariam um "grande salto quantitativo e qualitativo", levando o Brasil a uma posição mais próxima das nações desenvolvidas. A CNT propõe quase 24 mil km de novas ferrovias, o que dobraria a malha ferroviária existente. Na parte rodoviária identifica a necessidade de mais 14 mil km de duplicação. Ambas as pesquisas convergem na defesa de que para haver avanços é necessária uma maior participação do setor privado nos investimentos diante das limitações dos recursos públicos. Segundo Lage, a capacidade de investimentos públicos em infraestrutura é de R$ 815 bilhões frente a uma necessidade mínima de R$ 1,09 trilhão.


"O governo sozinho dificilmente vai conseguir dar uma virada para agilizar a execução de projetos. A participação da iniciativa privada é cada vez mais necessária, por isso é preciso dessarmar entraves burocráticos", concorda Batista, da CNT. Ele citou que mesmos os leilões de concessões de rodovias tendo saído do papel, isso é ainda muito "aquém do que o país precisa".

Lage entende que o Brasil necessita superar três grandes problemas. O primeiro deles é a dependência do transporte rodoviário, o meio mais caro se comparado aos outros. O segundo é o fato que o governo não consegue investir em infraestrutura de transportes na mesma velocidade que a economia necessita. E como um terceiro aspecto ele diz que é preciso desenvolver um mercado de capitais maduro para fornecer financiamento ao setor, para que ele não fique dependente do funding do BNDES, que é limitado.

Alencar, que coordenou a pesquisa da USP, lembra que o país precisa de investimento em infraestrutura para poder crescer. "Se a gente imaginar que o carro-chefe da economia brasileira hoje são as commodities e outros produtos agrícolas, se não há uma infraestrutura eficiente para escoar e exportar isso - e tudo depende de transportes -, o país fica limitado na sua capacidade de crescer", diz.

"É algo circular. Para crescer, você precisa de infraestrutura e a infraestrutura, por sua vez, te ajuda a crescer. Os países mais desenvolvidos têm um estoque de infraestrutura muito grande, mas para continuarem a crescer, e eles crescem a partir de ganhos de produtividade, eles têm que melhorar permanentemente a infraestrutura", disse Alencar. Para ele, o problema do Brasil é diferente. Além de estoque baixo, o estoque existente não tem muita qualidade.

Cálculos da consultoria Inter.B mostram que os investimentos em transportes neste ano devem somar R$ 61,8 bilhões, uma alta de 22,35% em relação aos R$ 50,51 bilhões de 2013. A CNT prefere analisar apenas aquilo efetivamente pago pelo governo federal, e chega a um valor de apenas R$ 13,7 bilhões investidos em transportes em 2013. "Apesar de ter sido feita uma série de anúncios, grande parte dos investimentos não se concretizou", diz Batista.

Claudio Frischtak, presidente da Inter.B, destaca diferenças dentro do próprio setor de transportes no último ano. "Se você olha para o setor de transportes tem um bloco que andou melhor, outro que andou pior e um que nem andou", constata. Ele explica que o bloco que andou melhor é o composto por rodovias e aeroportos. O bloco de portos e ferrovias andou pior e o de hidrovias não andou, continuando a ser o "patinho feio".

Rodovias, explica o consultor, teve avanços a partir de setembro de 2013 porque houve, na sua opinião, um "convencimento do setor privado a investir", com flexibilização das regras das concessões.

Na avaliação de Frischtak, hidrovias é o setor mais deficiente e é justamente o que deveria ser uma prioridade para o país transportar cargas, por custos mais baixos. "Nós [o Estado brasileiro] subsidiamos o uso de automóveis e de caminhões a partir de combustíveis, e o combustível para cabotagem não é subsidiado. Esse é um viés contra a cabotagem", destacou sobre o descaso histórico com esse setor.

"Enquanto a questão da infraestrutura não for equalizada, o país vai sempre esbarrar em ciclos curtos de crescimento", acredita Batista, da CNT.

Fonte: Valor Econômico/Vanessa Jurgenfeld | De São Paulo

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Nota: Iniciativa privada na Logística do país.

Indústria substitui Estado e reduz gargalo na logística

Nos próximos dez anos, as indústrias brasileiras investirão forte em logística. Empresas de segmentos diversos já gastam até 60% dos recursos de um único projeto para garantir a logística integrada e viabilizar a produção, muitas vezes substituindo investimentos públicos.

O maior projeto da mineradora Vale, por exemplo, o S11D (que escoará minério de ferro em Carajás) destinará à ampliação da capacidade logística US$ 11,5 bilhões do total de cerca de US$ 19 bilhões. O projeto contempla a construção de um ramal ferroviário, duplicação de seções da ferrovia, terminal ferroviário e instalações portuárias, entre outros.

O setor de papel e celulose possui, ao menos, sete projetos para sair do papel nos próximos anos, no Brasil, e que dependem amplamente da melhoria da logística para se concretizarem. Além do déficit da infraestrutura, as plantas industriais estão se interiorizando e, portanto, cada vez mais longe da costa. “A infraestrutura e a logística são os pulmões do País. Todas as outras atividades dependem delas e, hoje, esse é o principal gargalo para o desenvolvimento da indústria”, afirma o advogado do Firmo, Sabino e Lessa, Leonardo Coelho, escritório especializado na área de infraestrutura.

Fonte: DCI

Parceria Logística!

Coopercarga inicia operação com Chep Brasil

A Coopercarga começou a atuar com a Chep Brasil, líder mundial em serviços de pooling de paletes e contentores. A nova parceria abrange operações de transferência entre unidades da Chep e viagens de retorno dos seus clientes aos centros de serviço localizados no Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina ou São Paulo.

“Estamos iniciando o primeiro contrato de serviço logístico com a Chep Brasil e já participando de um projeto maior, com grande expectativa para expandir a parceria”, afirma Flavio Schilling, gerente da Regional Sul da Coopercarga. O contrato inicial tem duração de um ano e para todas as viagens serão utilizados baús e siders.

No Brasil, as operações da Chep estão concentradas na cidade de Campo Bom, no Rio Grande do Sul. Além disso, a multinacional possui centros de serviço também em Itajaí, Santa Catarina, em Louveira e em Mauá, São Paulo, e em São José dos Pinhais, Paraná. A empresa é líder mundial no segmento, com mais de 300 milhões de paletes e contentores, sendo utilizados em 49 países.

Fonte: Site Mundo Logística

Artigo Site Mundo Logística- Investimentos em logística

Indústrias aplicam até 60% dos investimentos em logística
Data: 11/09/2014
O setor de papel e celulose possui, ao menos, sete projetos para os próximos anos. No entanto, o transporte de cargas é essencial para viabilizar as novas unidades fabris

Os gargalos de infraestrutura e logística continuam sendo um custo significativo para a indústria brasileira, principalmente a de base. Empresas de segmentos diversos gastam até 60% dos investimentos em um único projeto, para garantir a logística integrada e viabilizar a produção.
“Nos próximos dez anos, o forte dos investimentos da indústria brasileira será em logística. Porém, quero crer que o planejamento atual é adequado às necessidades da produção”, destaca o chefe do escritório local da Associação Latino-Americana de Ferrovias (Alaf) e sócio da JCP Consultores, Jean Pejo.
Para se ter uma ideia do volume de aportes destinado à logística por parte da indústria, o maior projeto da mineradora Vale, o S11D, que escoará minério de ferro em Carajás, tem investimento estimado em cerca de US$ 19 bilhões. Aproximadamente, US$ 11,5 bilhões devem financiar a ampliação da capacidade logística.
O projeto contempla a construção de um ramal ferroviário, a duplicação de seções da ferrovia, o terminal ferroviário e as instalações portuárias. Esse é apenas um dos aportes da Vale nessa seara, uma vez que a companhia aporta em diversos empreendimentos do gênero, como na expansão do Terminal Marítimo Ponta da Madeira, no Maranhão.
Para o sócio da Pezco Microanalysis e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Frederico Turolla, de 2002 a 2014, a média anual de aportes em infraestrutura foi de apenas 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), no País. “Essa demanda cresceu brutalmente nos últimos anos, principalmente devido à expansão da China. No entanto, o Brasil não acompanhou.”

Dependência
O setor de papel e celulose possui, ao menos, sete projetos para sair do papel, nos próximos anos, no Brasil, e que dependem amplamente da logística para se concretizarem. Isso porque as plantas industriais estão cada vez mais longe da costa, fenômeno chamado de interiorização.
“A infraestrutura e a logística são os pulmões do País, uma vez que todas as outras atividades dependem delas. Hoje, esse é o principal gargalo para o desenvolvimento mais acentuado da indústria”, afirma o advogado do Firmo, Sabino e Lessa, Leonardo Coelho, especializado na área de infraestrutura.
Segundo o advogado, o modal rodoviário já não sustenta mais o crescimento do País, pois é caro e está estrangulado. “A vontade para depender menos de rodovias vem sendo dita como existente, mas ainda não se concretizou.”
De acordo com Pejo, os projetos de infraestrutura não são bons no Brasil. Ele cita como exemplo o sistema ferroviário. “Muitos acidentes, nesse segmento, devem-se à falta de infraestrutura.”
Ele aconselha que as agências reguladoras precisam atuar de maneira muito mais firme na fiscalização das concessões. “O programa de expansão das ferrovias exigirá muito mais das agências.”
Para o advogado do Lessa, há problemas no marco das ferrovias. “O governo quer atrair investimentos, mas limita a liberdade da iniciativa privada. As regras não são claras.”
Pejo afirma que os custos com logística, nos Estados Unidos, são três vezes menores do que no Brasil. “Lá, tanto o poder público, quanto as empresas desembolsam altas cifras. A regulamentação é muito bem definida, diferentemente daqui. Estamos muito atrás do sistema deles.”
Ele reforça que, uma vez no sistema de concessões, a atividade necessita de fiscalização. “Quando a atividade é privatizada, a regulamentação é essencial.”
Em projetos de mineração, a logística representa até 60% dos investimentos. Se o planejamento sair do controle, o preço a se pagar é alto. É o caso da Anglo American, cujo maior projeto de transporte de minério de ferro, o Minas-Rio, precisou ter o orçamento ampliado de US$ 5,5 bilhões para US$ 8,8 bilhões, pois diversos itens não foram contemplados anteriormente. “O gerenciamento de projetos precisa ser muito benfeito e, em minha avaliação, a fase de execução é a pior no País”, destaca Pejo.
Para o advogado especializado em mineração do escritório Ribeiro Lima, Bruno Feigelson, a falta de investimentos por parte do governo é um sério problema. “Se a infraestrutura fosse adequada, os custos das empresas seriam reduzidos drasticamente.”
O advogado enfatiza, ainda, a deficiência em portos como um dos principais gargalos da logística. “Existem enormes dificuldades, tanto para as exportações da indústria brasileira, quanto para as operações domésticas.”
Feigelson ressalta que, hoje, as mineradoras são empresas de minério e logística. “Antes, a extração era feita mais perto da costa, justamente pela questão de escoamento. No entanto, a tendência atual é de interiorização e todos os projetos estão condicionados à infraestrutura. Se não houver logística integrada, as companhias não conseguem escoar.”

Perspectivas
Para o sócio da Pezco, a expectativa para médio e longo prazos, na área de infraestrutura e logística, é razoável. “Independentemente do governo que entrar, deve haver manutenção dos investimentos. Os recursos de concessões serão importantes para a questão fiscal.”
Para o representante da Alaf, os projetos que englobam transporte de cargas, no Brasil, têm de ser uma questão de Estado e não apenas um tema para quatro anos de governo. “A indústria já entendeu que, por mais que desenvolva programas de produtividade, se a logística emperrar, todo o ganho se perde do portão para fora da fábrica. Um gargalo como esse pode gerar um apagão da produção.”

Fonte: DCIFoto: Maurício Moreira

http://www.mundologistica.com.br/portal/noticia.jsp?id=1649

Nota: Ambev chega a 100 centros de distribuição

Após aquisições feitas no mês passado, a fabricante de bebidas Ambev atingiu a marca de cem centros próprios de distribuição direta. A empresa afirma que os investimentos em reforma, ampliação e novos centros logísticos somente em 2014 totalizaram R$ 500 milhões.

Em 2014, foram compradas sete unidades logísticas. No ano passado, haviam sido 13. Os novos centros têm capacidade para a movimentação de 30 a 40 caminhões de entrega por dia.

"Tínhamos, de início, apenas seis revendas próprias que eram usadas como laboratório. Saíram de seis para cem em 15 anos", recorda Vinicius Barbosa, vice-presidente de logística e suprimentos da companhia.

A Ambev realiza cerca de 113 mil viagens por mês. Dessas, cerca de 2 mil, em 15 Estados, são feitas com compartilhamento de frotas. A companhia tem parceria com outras cinco empresas de setores diversos nesse projeto, que reduz custos logísticos.

Fonte: Folha de S. Paulo

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Nota: Soluções WEB do GKO Plus



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