O trânsito, literalmente em suas mãos!

Em minhas não muito, mais valiosas, viagens percebi que umas das formas de você conhecer a educação e o jeito de ser de uma determinada localidade é analisar como as pessoas se comportam no trânsito, no fluxo continuo e cotidiano dentro de seus veículos.


Lembro de um dos desenhos do Walt Disney onde o personagem Pateta, na figura de um homem educado e equilibrado, se transforma em um furioso motorista a bordo de seu automóvel. Na verdade, aquela tipologia se evidencia forte de forma coletiva nas grandes cidades.

Mas, mesmo de forma discreta e individual, podemos ver a quanto anda a inversão de personalidades do trânsito para a vida cotidiana, bem como a massificação de comportamentos diante da normalidade que se trata a má educação no volante.

Vejamos, e seja sincero!

Quantos sinais vermelhos você furou esta semana, e quantos outros motoristas você viu fazendo o mesmo? Não estamos falando aqui de um sinal furado as três da manhã em um cruzamento historicamente sujeito a assaltos, mas furado na ida ou na volta do trabalho por exemplo.

Quantos xingamentos fez esta semana por ter a sua frente um veículo convergindo para a esquerda ou direita sem dar o sinal de seta? Nesta análise você pode incluir o motorista na sua traseira quando fizeste o mesmo.

Quantas ultrapassagens fez pela direita?

Quantas paradas em locais proibidos?

Quantas vezes não atendeu o sinal de mão do pedestre para atravessar a faixa? (em cidades como Brasília e Salvador basta apenas a menção de colocar o pé na faixa que os veículos param. Informo que estas cidades são no Brasil.)

Quantas vezes reduziste a velocidade na via apenas para passar pelo foto sensor, ou as vezes que conversou alegremente no celular não percebendo o sinal aberto, ou jogou papel de bala, bituca de cigarro, lata de bebida, e etc, pela janela de seu veículo, ou, ou, ou, ...

Enquanto escrevia este texto não fiquei muito feliz em contar quantas vezes agi ou vi estas situações da janela do meu carro, imagino que nem você. (se estiver enganado ao seu respeito, me desculpe)

O trânsito somos nós, eu, você, o seu vizinho, sua esposa e todos com carta de motorista; e não placas, sinais e faróis.

Seja educado no trânsito e seja Logisticamente integrado ao processo de movimentação continua a uma cidade melhor.

Mas agora quero lhe fazer um convite!

Corrija a si mesmo. Não punitivamente, mas evolutivamente. E vamos começar com um pequeno gesto, pequeno mesmo, pois bastará você balançar o dedo mínimo e anelar da mão direita. Dê sinal ao fazer uma convergência ou mudança de direção.

O pisca de seu carro existe, pode ter certeza.

Uma coisa é certa, agindo assim você pelo menos não ouvirá mais aquela buzina ofensiva do carro de atrás, além de evitar possíveis engavetamentos.



Até mais,



Robert Marques