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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Artigo:Crescimento brasileiro aquece o mercado de logística(NetMarinha)

O mercado dos operadores logísticos no Brasil está aquecido, mesmo com sinais de uma desaceleração em 2008 e 2009, período forte da crise mundial.  Percival Margato Júnior, diretor da Abrange Logística, que atua no mercado há 25 anos, afirma que a empresa tem uma projeção de crescimento em torno de 30% para este ano de 2011. Segundo ele, nesses últimos 2 anos,  o investimento da Abrange esteve focado na infraestrutura e também no estabelecimento de novas práticas de gestão, o que consolidou a atuação da empresa em 14 estados brasileiros.  Em entrevista, o diretor da Abrange, empresa reconhecida como referência no segmento de logística, destaca os fatores que têm desencadeado a evolução deste mercado.

"Fechamos 2010 com um nível de satisfação dos clientes superior a 90%", afirma o diretor da Abrange

Esse crescimento contínuo, até em momentos desfavoráveis, poderia ser atribuído a quais fatores?

Percival Margato Jr.: Somos uma empresa empreendedora, isto está no DNA de todos na Abrange. Buscamos o crescimento insaciavelmente. Estamos no mercado desde 1986, e no início dos anos 90, quando começaram a descobrir a importância dos serviços de logística, nós já estávamos lá. Investimos constantemente em nosso modelo de competências e conhecimentos para desenvolvermos nossas atividades, buscando com isso atender aos clientes com eficiência e qualidade.

Nesses 25 anos, o que mudou no mercado de operadores logísticos no Brasil?

- Quando houve a abertura do mercado nos anos 90, muitos operadores logísticos internacionais vieram para o Brasil. Esses operadores geraram grandes expectativas nos embarcadores brasileiros e, rapidamente cresceram e tomaram o espaço. Prometiam dominar o mercado, mas isso não aconteceu como esperavam, pois a realidade do Brasil, a infra estrutura, e os recursos humanos eram bem diferentes das quais eles estavam acostumados. As multinacionais aqui baseadas com muito capital não cresceram como planejaram, deixando espaço para os operadores nacionais, que mesmo com restrições de créditos, souberam se posicionar marcando presença no território nacional. As empresas brasileiras, tomadoras de serviços logísticos, perceberam a dinâmica, agilidade e tempo de resposta muito superior aos operadores nacionais, favorecendo a estes os serviços, pois além de oferecer qualidade, eram mais competitivos. Como já atuávamos no mercado, aos poucos, mostramos a contribuição e o benefício que nossa empresa poderia trazer para os negócios dos nossos clientes e potenciais.

Como é o nível de profissionalização dos operadores logísticos nacionais?

- Antes havia uma ausência de profissionalização. Apesar de haver bons operadores, eles não tinham padrão de metodologia e os resultados dos trabalhos nem sempre podiam ser medidos, mas o interessante era que isso também acontecia com os operadores internacionais. Hoje é inadmissível para qualquer operador logístico atuar sem metodologia formal e comprovadamente consistente, com profissionais capacitados e soluções diversificadas. Periodicamente, realizamos a Pesquisa de Satisfação dos Clientes para avaliar as críticas e o nível de exigência, responsabilidade e comprometimento com os resultados dos trabalhos que estamos entregando. Concluímos em dezembro nossa pesquisa e fechamos o ano de 2010 com um nível de satisfação dos clientes superior a 90%.

A logística está em alta no Brasil. Podemos dizer que o mercado está inflado pela atuação das transportadoras no segmento dos operadores logísticos? Isso é bom ou prejudica o mercado?
 
- O que posso dizer é que todo operador logístico domina os processos da cadeia de supply chain, quer na sua totalidade ou elos da cadeia, mas o inverso não é verdadeiro. As transportadoras tendem a se transformar em operadores logísticos e estes, em integradores logísticos. Mas, sem dúvida, existe uma profusão de empresas despreparadas dos dois lados, que comprometem a atuação de outras, quer sejam operadores ou transportadoras, prejudicando ambos, inclusive o mercado. Os dois se complementam, pois são atividades altamente especializadas. Quando o cliente busca a solução para as necessidades dele, ou tem um problema ou desafio a ser encarado cabe a empresa de logística saber se tem capacidade ou vontade de empreender e entregar o serviço. Tudo isso ficará mais fácil se o tomador do serviço souber exatamente o que quer. Caso contrário, ambos perderão tempo e dinheiro.

Então, como as empresas poderão se nortear para contratar um operador logístico?

- A maioria das empresas estão amadurecidas, mais críticas e seletivas quanto ao tipo de empresa que vão contratar. O setor caminha para a preparação de empresas fortemente especializadas em nichos determinados. Haverá uma seleção natural, mas faltarão operadores logísticos em todos os segmentos. Isso devido ao fato do Brasil estar em um crescimento intenso e acelerado. Isso não é bom para o mercado, mas por outro lado,  também gerará novas oportunidades. Com certeza, haverá uma transformação e crescerão aquelas empresas que conseguirem encantar os clientes. Nesse contexto, nós estamos nos esforçando muito para fazer a diferença. Costumo dizer, que você conhece um profissional ou empresa, na hora em que surgem os problemas.
 
Fonte: NetMarinha

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