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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Artigo: A Importância da Engenharia Logística nas Empresas

Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda



Durante muitos anos a grande maioria das decisões relacionadas a Transporte, Movimentação e Armazenagem de Materiais e Gestão de Estoques foram tratadas de forma pouco técnica, sem uma abordagem científica, muitas vezes na modalidade tentativa-e-erro. Isso acarretou numa série de deformidades e custos adicionais, que hoje se torna crucial para a sobrevivência das empresas, dado o alto grau de competitividade no mercado.

Nunca se falou tanto em logística. Não apenas em função dos “gargalos” de nossa infra-estrutura e do “custo Brasil”, mas também devido aos problemas que as empresas têm enfrentado em sua dolorosa rotina diária. Custa caro a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos. Custa caro produzir. Também custa caro vender e entregar. Custa mais caro não entregar e ainda mais caro ter que processar uma devolução ou arcar com custos relacionados a recalls, garantias, consertos ou reposição de um novo produto, fora as penalidades financeiras decorrentes do péssimo serviço realizado.

Apenas com as não conformidades em transportes, as empresas estão tendo sobrecustos ao redor de 10% a 15% das despesas normais com fretes. São custos adicionais com re-entregas, devoluções, avarias em mercadorias, transporte na modalidade de carga rodoviária expressa ou frete aéreo, penalidades pelo não atendimento do prazo acordado, multa por excesso de peso, etc.

Nos armazéns também nos deparamos com diversos custos adicionais. Um deles é o “efeito colméia”, resultado do mau aproveitamento cúbico do espaço disponível que normalmente está ao redor de 25% do espaço total disponível. Avarias, furtos e roubos geram prejuízos de até 6% da receita operacional líquida de uma empresa, daí a importância da área de gestão e prevenção a perdas e de uma sistemática de inventário rotativo. Falhas no dimensionamento de recursos, como mão-de-obra e equipamentos de movimentação, acarretam em custos superiores de até 15% em um Centro de Distribuição. Problemas com o layout operacional e o fluxo de materiais levam à duplicidade de movimentações ou na necessidade de percorrer maiores distâncias e conseqüentemente, na necessidade de novos recursos.

A má gestão de estoques produz diversos efeitos indesejáveis. Pode significar um aumento do número de itens obsoletos e no montante de produtos vencidos. Também poderá impactar no aumento do volume total dos estoques que implicará na maior necessidade de área e recursos operacionais, além de gerar perdas de vendas (e até de Clientes) pela não disponibilidade imediata dos produtos.

Como podemos ver, a logística precisa atuar no planejamento, gestão e monitoramento das atividades sob sua responsabilidade. Não basta apenas focar na competência operacional, em detrimento das atividades estratégica e táticas. Trabalhando apenas a esfera operacional atuaremos como verdadeiros bombeiros, apagando incêndios, que num interminável ciclo vicioso, continuarão ocorrendo e se repetindo.

É necessário desenvolver uma mão-de-obra pensante, capaz de desenvolver e liderar projetos de melhoria contínua em todos os níveis de decisão. Faltam profissionais capacitados tecnicamente, e que dominem assuntos diversos, relacionados à tomada de decisão, como custos e análise de investimentos, estatística, pesquisa operacional, informática, etc.

Por que não termos uma formação específica para a área de Logística, mesclando conhecimentos de Economia, Administração de Empresas, Comércio Exterior, Matemática e Estatística e Engenharia. Estamos falando da Engenharia Logística? Por que ainda não temos um curso voltado exclusivamente à formação desses profissionais, carentes nas Indústrias, Atacadistas, Varejistas, Operadores Logísticos e Transportadores?

Um profissional desse tem um valor inestimável. Pode até “custar” mensalmente algo entre R$ 5.000,00 a R$ 10.000,00, mas o retorno proporcionado, diante das inúmeras opções existentes, é muito maior do que se pode imaginar.

Diante dessas diversas possibilidades, a logística não poderá, nunca, se contentar com o status quo adquirido e nem se curvar à rotina. A essência da logística é a melhoria contínua, portanto precisará se capacitar para proporcionar às empresas os benefícios possíveis com a otimização da operação!

Logística ainda não é para a grande maioria das empresas um diferencial competitivo, mas será para TODAS num futuro próximo! E o caminho mais curto para isso será a ENGENHARIA LOGÍSTICA!

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