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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Artigo: "A Importância da Engenharia Logística nas Empresas"


Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda

Durante muitos anos a grande maioria das decisões relacionadas a Transporte, Movimentação e Armazenagem de Materiais e Gestão de Estoques foram tratadas de forma pouco técnica, sem uma abordagem científica, muitas vezes na modalidade tentativa-e-erro. Isso acarretou numa série de deformidades e custos adicionais, que hoje se torna crucial para a sobrevivência das empresas, dado o alto grau de competitividade no mercado. Estamos falando de armazéns mal dimensionados, super ou sub utilizados, com fluxo de materiais inadequado, processos inexistentes ou mal desenhados, etc. Também estamos falando de rotas mal aproveitadas, incorreto perfil de frota, baixa utilização dos veículos, frequência de atendimento ruim, etc.
 
Nunca se falou tanto em logística. Não apenas em função dos "gargalos" de nossa infra-estrutura e do "custo Brasil", mas também devido aos problemas que as empresas têm enfrentado em sua dolorosa rotina diária. Custa caro a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos. Custa caro produzir. Também custa caro vender e entregar. Custa mais caro não entregar e ainda mais caro ter que processar uma devolução ou arcar com custos relacionados a recalls, garantias, consertos ou reposição de um novo produto, fora as penalidades financeiras decorrentes do péssimo serviço realizado.
 
Apenas com as não conformidades em transportes, as empresas estão tendo sobrecustos ao redor de 10% a 15% das despesas normais com fretes. São custos adicionais com re-entregas, devoluções, avarias em mercadorias, transporte na modalidade de carga rodoviária expressa ou frete aéreo, penalidades pelo não atendimento do prazo acordado, multa por excesso de peso, etc.
 
Nos armazéns também nos deparamos com diversos custos adicionais. Um deles é o "efeito colméia", resultado do mau aproveitamento cúbico do espaço disponível que normalmente está ao redor de 25% do espaço total disponível.  Avarias, furtos e roubos geram prejuízos de até 6% da receita operacional líquida de uma empresa, daí a importância da área de gestão e prevenção a perdas e de uma sistemática de inventário rotativo. Falhas no dimensionamento de recursos, como mão-de-obra e equipamentos de movimentação, acarretam em custos superiores de até 15% em um Centro de Distribuição. Problemas com o layout operacional e o fluxo de materiais levam à duplicidade de movimentações ou na necessidade de percorrer maiores distâncias e conseqüentemente, na necessidade de novos recursos.
 
A má gestão de estoques produz diversos efeitos indesejáveis. Pode significar um aumento do número de itens obsoletos e no montante de produtos vencidos. Também poderá impactar no aumento do volume total dos estoques que implicará na maior necessidade de área e recursos operacionais, além de gerar perdas de vendas (e até de Clientes) pela não disponibilidade imediata dos produtos.
 
Como podemos ver, a logística precisa atuar no planejamento, gestão e monitoramento das atividades sob sua responsabilidade. Não basta apenas focar na competência operacional, em detrimento das atividades estratégica e táticas. Trabalhando apenas a esfera operacional atuaremos como verdadeiros bombeiros, apagando incêndios, que num interminável ciclo vicioso, continuarão ocorrendo e se repetindo. 
  
Diante dessas diversas possibilidades, a logística não poderá, nunca, se contentar com o status quo adquirido e nem se curvar à rotina. A essência da logística é a melhoria contínua, portanto precisará se capacitar para proporcionar às empresas os benefícios possíveis com a otimização da operação!
 
Logística ainda não é para a grande maioria das empresas um diferencial competitivo, mas será para TODAS num futuro próximo! E o caminho mais curto para isso será a ENGENHARIA LOGÍSTICA!
 

Marco Antonio Oliveira Neves, graduado em Administração de Empresas pela FGV-SP e pós-graduado em Administração da Produção e Finanças no CEAG da FGV-SP. Diversos cursos de extensão em Logística no Brasil e no Exterior. Atuação em empresas como Goodyear, Cia Cervejaria Brahma (atual Ambev), Cervecera Nacional, Ryder Logística e Deloitte Consulting. Atualmente é Diretor Presidente da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda, da NETLOG (voltada ao hunting e outplacement) e da Guepardo Serviços Técnicos. Palestrante em diversos eventos no Brasil e no Exterior. Nos últimos 6 anos treinou mais de 13.500 profissionais de 3.500 diferentes empresas em diversos cursos abertos e in-company. É colunista da Revista Mundo Logística e da Revista Quatro Rodas, além de autor de mais de 350 artigos na área.



Um comentário:

  1. Bem apresentado o texto sobre Logística!
    É verdade os altos custos que acarretam com o mau dimensionamento Logístico principalmente nos armazéns e vejo na prática a insanidade de reduzir custos comprometendo o bom desenvolvimento das operações, principalmente quando não focam ou investem em profissionais qualificados por conta dos custos. Ora faz parte dos custos contratar profissionais para que seja feito um trabalho excelente, mas as empresas não pensam assim o menor custo é o que vale daí o mau dimensionamento e o empilhamento de qualquer jeito, sei o que falo pois trabalho em uma empresa onde impera tais exemplos. Para finalizar Logística ainda não tem seu lugar importante de direito ainda é encarado de forma pouco profissional, mas há de mudar pois sabemos o quanto é importante o profissionalismo nesta área as empresas profissionalizadas dão a prova disso.

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