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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Noticia: Logística é apontada como principal gargalo

Fonte: Guia Marítimo
 
Pesquisa Ibope sobre a infraestrutura brasileira revela que a logística é o maior obstáculo enfrentado pelas empresas para desenvolver negócios (54%), seguida pela telecomunicação e tecnologia (30%), energia (4%) e saneamento ambiental (3%). O levantamento foi realizado entre os dias 28 de abril e 17 de maio e contemplou 211 entrevistas com associados da Amcham (Câmara Americana de Comércio).
A maior parte das respostas - o questionário era de múltipla escolha - veio de companhias baseadas em São Paulo. Os entrevistados são majoritariamente sócios das empresas ou atuam em cargos de diretoria.
 
Os resultados do estudo foram apresentados ontem, dia 21, na Amcham, na capital paulista, durante o seminário "Como Acelerar a Implementação dos Projetos de Infraestrutura". O universo da amostra é composto por 66% de empresas de capital nacional e 31% de estrangeiro (o restante se recusou a responder) que atuam tanto no comércio exterior como no mercado doméstico.
 
Os modais rodoviário e aéreo foram apontados como os que apresentam as maiores dificuldades e que mais negativamente afetam os negócios das companhias, com 32% e 31% das respostas, respectivamente. O transporte marítimo ficou em terceiro, com 12%, seguido pelo ferroviário, com 10%. O restante não soube avaliar.
 
De acordo com o executivo Maurício Giardello, sócio em consultoria de projetos de infraestrutura da PricewaterhouseCoopers, saltam aos olhos, por exemplo, os recursos destinados pelo governo para o setor aéreo. "O PAC 1 destacou apenas 15% para logística e os aeroportos receberam apenas 0,46% disso. "É uma contradição, é algo irrisório".
 
Para o presidente da Bunge Brasil, Pedro Parente (foto), uma das medidas mais prementes para destravar os gargalos logísticos é a racionalização da matriz de transporte, com clara diminuição da fatia do rodoviário, que hoje participa com quase 60%. O modal é considerado mais poluente e competitivo em algumas distâncias. "O ideal seria aumentar o transporte ferroviário e aquaviário. A rodovia não pode ter mais de 30% de participação na matriz de transporte brasileira". Uma das contas apresentadas pelo executivo é que uma barcaça consegue transportar 1.500 toneladas, o que demandaria cerca de 60 carretas, lançando muito menos poluentes na atmosfera.
 
Mesmo calculando que o Brasil perde cerca de US$ 5 bilhões por ano devido à baixa eficiência dos portos e demais carências logísticas, Parente destaca que as principais dificuldades enfrentadas pela multinacional no Brasil são de aspectos tributários. Não à toa. Desde 1988 até 2007 foram baixados mais de 3 milhões de atos normativos, sendo aproximadamente 7% desse universo de natureza tributária.
 
Outro entrave é de natureza jurídica. "Notamos uma certa xenofobia para com o capital estrangeiro. O que é realmente relevante nessa discussão: a origem do capital ou o que ele gera em termos de emprego, de renda?", questiona Parente. No Brasil desde 1905, a Bunge figura entre as principais exportadoras brasileiras. No ano passado, embarcou o equivalente a US$ 5,3 bilhões.

Eleições 2010

 
Um dos objetivos do seminário era formular e encaminhar uma agenda de reivindicações aos candidatos à Presidência da República. O diagnóstico é conhecido. Entre as principais conclusões, estão a maior participação da iniciativa privada nos investimentos, com mais abertura para o capital estrangeiro; agenda propositiva entre os órgãos governamentais (muitas vezes há assimetrias entre ministérios e agências reguladoras); investimento em infraestrutura por meio das PPPs (Parceria Público-Privada); regras claras e estáveis; e redesenho da matriz de transporte.
 
Fonte: Guia Marítimo

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