sexta-feira, 29 de maio de 2015
Notícia |Pauta Setor Automotivo
segunda-feira, 11 de maio de 2015
ARTIGO: Tecnologia e logística são aliadas na geração de resultados
Tecnologia e logística são aliadas na geração de resultados
* Por Michèle Cohonner
Como pesquisadora da área logística, e, também, como observadora desse cenário, tenho percebido com grande alegria a evolução do uso da tecnologia e o aprimoramento das soluções já disponíveis no mercado para gestão logística. O uso assertivo dessas soluções torna uma empresa mais estratégica e competitiva, gerando mais lucros e aumentando a produtividade.
Com a globalização, e com a alta velocidade dos fluxos de informação, a centralização de dados e também o investimento em máquinas e programas que acelerem o nível de entrega aos clientes, auxiliam, e muito, uma empresa a superar os desafios diários do mercado logístico. Além disso, agrega novidade para os clientes, que procuram sempre um serviço inovador e ágil.
Como exemplo, acho importante destacar um case tecnológico que incorporou muito mais qualidade de entrega aqui na FM Logistic. A fim de utilizar melhor o tempo dos profissionais que preparam os pedidos, especialmente os pequenos e de menor volume, desenvolvemos, junto ao nosso parceiro BALEA, o FMOP. Essa solução é composta por uma arca grande, acoplada em um carrinho, em que os produtos serão armazenados. Uma tela luminosa, que também é encaixada na plataforma do carrinho, indica ao operador qual é a quantidade de pacotes que devem ser colocados em seu interior, iluminando o local exato em que devem permanecer. Por ser flexível, simples e adaptável a qualquer carrinho, conseguimos pulverizar o FMOP rapidamente em nosso Centro de Distribuição, trazendo benefícios imediatos, suprindo as operações de identificação e validação dos produtos e facilitando a preparação do pedido. Como resultado, uma diminuição expressiva dos erros e uma preparação dos pedidos muito mais ágil e eficaz.
O exemplo do FMOP tem caráter mais operacional, mas a tecnologia pode ser agregada a um ambiente logístico em soluções muito mais simples do que a oferecida por ele, como um controle eficiente via código de barras, um localizador de pedidos e produtos digital e, também, um programa eletrônico que agrega as informações de todos os setores da empresa numa única plataforma.
Com isso, percebemos que a tecnologia favorece em escala crescente as operações logísticas, auxiliando o serviço a permanecer competitivo. Dessa forma, vejo como essencial aos profissionais e às empresas estarem sempre atentos às oportunidades e possibilidades que podem agregar valor ao nosso negócio e ainda acelerar nosso tempo de entrega. A inserção desses processos tecnológicos torna a gestão das organizações mais eficiente e contribui diretamente na perpetuação dos negócios das empresas que necessitam, para manterem-se competitivas, de inovação, criatividade e investimento.
*Michèle Cohonner é presidente da FM Logistic no Brasil.
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segunda-feira, 4 de maio de 2015
Artigo: QUANDO OPERAR COM ESTOQUE ALTO
Embora o ideal para os supermercados seja ter estoque alinhado com as vendas, algumas situações podem tolerar um nível acima do razoável. Veja o que deve ser analisado
Por: Alessandra Morita
Operar com níveis de estoque ajustados à demanda é o que toda rede deve perseguir. Mas há situações em que um nível maior pode ser aceitável. O grande desafio é saber exatamente quando assumir o risco de elevar o estoque e como calcular se o custo da mercadoria parada compensa financeiramente.
Segundo Frederico Perdigão, consultor-sócio do Instituto Aquila, o estoque alto se justifica quando o custo da estocagem é menor do que as vantagens obtidas na negociação com o fornecedor. "Nesse caso, é preciso calcular o valor dos benefícios adquiridos com o aumento dos prazos de pagamento, descontos e acordos comerciais concedidos devido ao aumento do volume de compra", afirma o especialista. Por exemplo: se a rede, ao comprar maior volume, consegue dez dias de prazo de pagamento além do normal, ela deve avaliar se o ganho ao destinar o dinheiro à aplicações financeiras será maior do que o custo do capital parado. O cálculo deve ser feito sempre em valores atualizados. "Os compradores precisam ser treinados para compreender a situação e realizar uma simulação financeira antes de tomar a decisão de estocar além da demanda", diz Perdigão. "No entanto, na maioria das empresas a rotina do setor de compras consome todo o tempo dos gestores e, como consequência, os compradores acabam não recebendo um treinamento adequado", completa.
Outra análise que deve ser feita pelo supermercadista é o das perdas que podem ocorrer durante o período em que a mercadoria ficar estocada. Sérgio D'Ávila, diretor de varejo e consumo da PwC Brasil, explica que podem haver quebras por vencimento de data, manuseio ou furtos, entre outras situações. Se o produto tem baixo giro é outro complicador. Será que vale a pena estocá-lo em excesso? "Em um cliente, um tipo de desodorante ficou quatro meses em gôndola, sem girar. Isso é ruim, e se agrava com o tempo, porque o produto começa a perder suas características e a ter as embalagens danificadas, dificultando ainda mais o giro", afirma o executivo.
Trabalhar com estoques altos também pode se justificar em categorias nas quais o consumidor migra de loja quando não encontra o produto na prateleira. D'Ávila explica que, nesses casos, a prática evita ruptura e perda de vendas. Em contrapartida, ele lembra que há uma série de outros produtos em que o cliente simplesmente troca de marca, o que pode não ser prejudicial ao varejo. O diretor da PwC ressalta que o ideal é o supermercadista realizar uma pesquisa ou implementar um bom gerenciamento por categorias para conhecer aquelas nas quais ocorre migração para outros estabelecimentos. Assim, ele será mais assertivo na hora de definir o aumento do estoque.
Outro ponto: alguns tipos de loja comportam níveis maiores de estoque. Lojas grandes, por exemplo, destinam mais espaço à exposição e precisam de maior estocagem para compor as gôndolas. Uma rede com filiais dispersas geograficamente e distantes dos centros de distribuição também pode ter algum armazenamento extra para evitar rupturas.
Se, após fazer todas as contas e analisar todas as situações, o aumento do estoque se justificar, convém ainda ao varejista realizar um último questionamento: os estoques altos estão escondendo alguma ineficiência? Caso afirmativo, vale a pena rastrear onde elas estão e quais são suas causas. Uma vez solucionadas, é bem provável que o supermercadista consiga passar a operar com níveis mais adequados, o que é muito bom para a rentabilidade do negócio.
Fonte> http://www.sm.com.br/